quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Avaliação Diagnóstica Inicial do 1º Ano de Escolaridade - 2011

APOSTILA

O QUE É A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL NO 1º ANO?



          A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL é um instrumento elaborado para oferecer aos professores, aos Supervisores Escolares e às Coordenações de Educação Infantil e de Alfabetização, SEME/DETEP, um diagnóstico do nível de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, ainda no início do Ensino Fundamental.
          Esse instrumento de avaliação verificará o desenvolvimento das capacidades previstas para a Educação Infantil de acordo com o REDE INFANTIL (Referencial de Educação Infantil do Município de Cabo Frio).
          A partir dessa avaliação diagnóstica inicial, o professor poderá organizar o seu planejamento de modo que sejam feitas as intervenções necessárias junto aos alunos para que essas capacidades sejam desenvolvidas logo no início do 1º Ano de Escolaridade, contribuindo assim para o alcance das metas previstas para esta etapa de ensino – QUE OS ALUNOS ESCREVAM ALFABETICAMENTE. Assim também, os diretores das escolas, Coordenações de Educação Infantil e de Alfabetização ganharão elementos importantes para o planejamento de ações visando melhorar a qualidade e o tempo da alfabetização.

ORIENTAÇÕES E SUGESTÕES DE ATIVIDADES AVALIATIVAS


1. O período para conclusão da avaliação diagnóstica inicial no 1º Ano será de 21 a 25/02 (É IMPORTANTE RESSALTAR QUE A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL DEVERÁ TER INÍCIO DESDE O PRIMEIRO CONTATO DO PROFESSOR ALFABETIZADOR COM O ALUNO);

2. A avaliação será aplicada pelo próprio professor da turma (1º Ano) com acompanhamento do Supervisor Escolar e da Direção da Escola;

3. Todas as capacidades deverão ser avaliadas de diversos modos, utilizando-se de estratégias diferenciadas;

4. As observações e dados coletados durante a avaliação deverão ser sempre registrados pelo docente no seu Caderno de Planejamento ou em outro material para facilitar o preenchimento das fichas avaliativas;

5. Veja algumas sugestões de atividades contidas neste material;

6. Ao encerrar o período da avaliação, o professor deverá computar os resultados da sua turma na ficha avaliativa e entregá-la ao Supervisor Escolar até o dia 04/03. Este lançará os dados obtidos por cada turma e o total geral da escola numa ficha avaliativa (única) da U.E. que será encaminhada ao DETEP/COORDENAÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO até o dia 16/03;

7. As cópias das fichas avaliativas deverão ficar na escola para possíveis análises, tomada de decisões, consultas e acompanhamento permanente;

8. Os resultados dessa avaliação diagnóstica inicial deverão servir como ponto de partida para o planejamento de ações e estratégias pedagógicas que busquem a efetivação da alfabetização dos alunos matriculados no 1º Ano de Escolaridade.


CAPACIDADE 1: RESPEITAR REGRAS DE CONVÍVIO SOCIAL (SENTAR, OUVIR, ESPERAR A VEZ DE FALAR etc).

A) Construir, junto às crianças, o roteiro da sequência didática do dia (O que faremos hoje? Vou escrever aqui para a gente não esquecer...). Utilizar um blocão ou o quadro para o registro da sequência didática. Conversar com os alunos para que percebam a importância das atividades a serem desenvolvidas e a realização das mesmas.

B) Construir regras: para a “rodinha", para a ida ao parquinho, para as aulas-passeio... Essas regras precisam ser registradas por escrito pelo professor.

As situações ocorridas durante o desenvolvimento de cada atividade (positivas ou negativas) devem ser avaliadas junto aos alunos.

C) Ler ou contar histórias, dialogar com os alunos sobre elas, mostrando-lhes a importância de ouvir com atenção.

D) Aproveitar a utilização do refeitório para estabelecer regras para estes momentos.

Observação: É fundamental que os alunos compreendam a importância da participação deles nas atividades e criem hábitos escolares. As atividades relacionadas a esta capacidade não podem se esgotar num tempo determinado, elas devem fazer parte das diversas ações pedagógicas do professor durante o ano letivo.

E) Hora da história
Planejar a leitura ou a contação da história (é importante que o professor trabalhe o desenvolvimento de estratégias de leitura: seleção, antecipação, inferência e verificação).

F) Aulas de educação física

• Trabalhar com os alunos as regras dos jogos e brincadeiras.
• Avaliar junto aos alunos as situações ocorridas durante as atividades.

G) Jogos e brincadeiras
• Vivo ou morto, coelho na toca, bingo etc. Enfim, trabalhar jogos e brincadeiras que requeiram atenção (AS REGRAS PRECISAM SER CLARAS PARA OS ALUNOS).

H) Continuar a história: Organizar os alunos sentados em roda (no chão) e explicar a atividade. Preparar uma caixa com vários objetos dentro. A caixa vai passando de mão-em-mão. Cada criança pega um objeto e continua a história contada pelo colega anterior, como por exemplo: (...)o menino pegou um PALITO e enfiou na BOLA. A bola bateu no COPO...

I) Continuar a história lida ou contada pela professora... etc.


CAPACIDADE 2: TRANSMITIR INFORMAÇÕES IMPORTANTES COMO: IDADE, NOME DOS COLEGAS, ANO DE ESCOLARIDADE, PROFESSORA etc.

A) Brincar de repórter.
• Decidir junto aos alunos sobre o papel do repórter e dos entrevistados
• Planejar com a turma o texto para a entrevista – texto coletivo
Exemplo:
                    Boa tarde!
                 1- Como você se chama?
                 2- Você tem irmãos?
                 3- Onde você mora?
                 4- Quantos anos você tem?
                 5- Qual é o nome da sua professora?
               
                      Etc

B) Dramatizar histórias lidas ou contadas.

C) Realizar jogos de enredo (representar papéis do mundo social), como: representar as profissões, representar a professora, a família etc.

D) Contar na “rodinha” sobre um programa que viu na TV ontem: a novela, o filme etc.

E) Possibilitar que os alunos transmitam recados (criar situações nas quais a criança deverá transmitir recado do professor ao diretor, a outro professor, aos colegas etc).

F) Roda de histórias: pedir que as crianças contem histórias conhecidas.

G) Planejar, junto com os alunos, atividades de apresentação pessoal e apresentação do colega (na rodinha).

H) Planejar situações nas quais a criança possa brincar com o telefone (se possível usar um aparelho real).

Observação: Para que o aluno desenvolva tal capacidade é importante que o professor faça as intervenções necessárias durante a realização das atividades.

CAPACIDADE 3: PARTICIPAR DE SITUAÇÕES QUE INTEGREM MÚSICAS, CANÇÕES E MOVIMENTOS CORPORAIS.

A) Preparar uma “bolsa musical”. Nesta bolsa pode ter: pandeiro, apito, chocalho, violãozinho e outros instrumentos musicais. A cada dia, uma criança leva essa bolsa para casa, para junto com a família brincar. Uma pessoa da família faz um relato por escrito - num caderno que vai junto com a bolsa - sobre as experiências vividas pela criança de posse desse material.

Atenção! É importante que o professor crie junto com as crianças as regras para a utilização e manuseio da “bolsa musical”.

B) Marcar ritmos diferentes com os pés, as mãos, os dedos, a boca...

C) Montar projetos didáticos para trabalhar músicas de roda:
• Apresentar as músicas escritas em cartazes para as crianças;
• Ler, cantar e brincar com as músicas;
• Fazer um levantamento das músicas conhecidas pelas crianças, listar os nomes dessas músicas num blocão e expor na sala;
• Fazer votação para a escolha de 5 músicas que podem fazer parte de um livro ilustrado pelas crianças;
• Trabalhar e explorar as rimas presentes nas músicas etc;
• Convidar a família para a apresentação das músicas.

NÃO ESQUECER DE PREPARAR O CONVITE JUNTO AOS ALUNOS.

D) Aproveitar as músicas cantadas na chegada, na hora do lanche, e outras cantadas na rotina da sala de aula; mostrá-las por escrito aos alunos, trabalhar e explorar as rimas presentes nestas músicas.

E) Dramatizar as músicas de roda.

F) Realizar movimentos em sequência seguindo ritmos musicais (mais lento, mais rápido...)

CAPACIDADE 4: DEMONSTRAR HABILIDADE DE FALAR, PERGUNTAR, RESPONDER, EXPOR IDEIAS E OPINIÕES.

A) Criar situações nas quais os alunos possam vivenciar diferentes formas de falar, como: brincar de repórter, de telefone sem fio, de conversar utilizando telefones de brinquedo ou reais, participar de dramatizações, recontar histórias lidas ou contadas pela professora, apresentar um jornalzinho na TV feita de caixa, participar de jogos de enredo (representação de situações do cotidiano, representação das diversas profissões) etc.

B) Assistir a algum filme do Chico Bento e Rosinha, analisar junto com as crianças os diversos modos de falar.

É IMPORTANTE QUE O PROFESSOR PLANEJE JUNTO ÀS CRIANÇAS ESSAS SITUAÇÕES DE FALA.

CAPACIDADE 5: CONHECER O PRÓPRIO CORPO, POR MEIO DO USO E DA EXPLORAÇÃO DE SUAS HABILIDADES FÍSICAS, MOTORAS E PERCEPTIVAS.

A) Ler, cantar e brincar com MÚSICAS que falem das partes do corpo: Desengonçada e Boneca de lata (Bia Bedran), Cabeça-ombro-joelho etc.

B) Ler e brincar com poesias.

C) Realizar atividades utilizando-se de espelho.

D) Realizar jogos e brincadeiras, como: cabra-cega, telefone sem fio, estátua, caminhar com um pé só, caminhar abaixado, pular corda, amarelinha, caracol, trilhas, “Tudo que o mestre mandar” etc.

E) Fazer alinhavos, pinturas diversas, colagens, dobraduras, encher recipientes com água ou areia, fazer colares ou pulseiras com materiais reaproveitados, amarrar cadarço, dar laços, realizar atividades com tesoura, desenhar e escrever com giz de cera, com lápis, com caneta hidrocor, com o dedo etc.

F) Fazer um boneco de pano (coletivo): dar um nome para ele, enfeitá-lo, escrever a sua certidão de nascimento – o professor será o escriba (aqui o professor poderá apresentar para as crianças como se organiza este gênero e qual é a função dele).

G) Montar bonecos (quebra-cabeça, colagem...).

H) Montar quebra-cabeça (corpo): utilizar partes do corpo recortadas de revistas, desenhos, figuras geométricas etc.

I) Completar as partes do corpo que faltam com desenhos ou colagens.

J) Modelar em argila o seu próprio corpo (a criança representará detalhes demonstrando que está elaborando o seu esquema corporal). Antes de realizar esta atividade é importante que o professor crie situações nas quais a criança sinta o seu próprio corpo.

K) Criar situações nas quais a criança use as mãos, os pés, os cotovelos, os joelhos... para identificar as temperaturas da água, materiais secos e molhados, ásperos e lisos – experimentando essas sensações, a criança perceberá as partes do seu corpo.

L) Tirar os pinos de uma prancha com o polegar e o indicador (esta prancha pode ser feita com madeira, papelão ou outro material).

M) Formular questões, como: O que é mais comprido: o braço ou o pescoço? O que fica mais embaixo: os pés ou os joelhos? O que fica mais acima: o nariz ou a boca?

CAPACIDADE 6: USAR DE MANEIRA ADEQUADA OS OBJETOS DE ESCRITA (segurar e manipular o lápis de escrever, os lápis de colorir...).

A) Criar situações didáticas nas quais os alunos aprendam a utilizar de maneira correta os diversos materiais de escrita, como: não colocar muita força no lápis ou na caneta, mostrar a função da borracha, do papel, do livro (essas situações devem ser concretas). Ensinar também sobre os cuidados com esses materiais.

CAPACIDADE 7: UTILIZAR OS PROCEDIMENTOS BÁSICOS NECESSÁRIOS PARA DESENHAR, PINTAR, MODELAR, CONSTRUIR, RECORTAR E COLAR.

A) Construir personagens de histórias lidas ou contadas utilizando argila, massa de modelar etc.

B) Realizar atividades de pintura nas quais as crianças utilizem pincéis.

C) Montar, junto com os alunos, cenários para apresentação de dramatizações.

D) Compor mosaicos utilizando pedaços de papéis coloridos e/ou outros materiais.

E) Fazer dobraduras seguindo orientações do professor.

F) Ilustrar histórias lidas ou contadas.

G) Registrar através de desenho ou maquetes, as observações feitas em aulas-passeio.

H) Registrar, através de desenhos, as observações feitas através das experiências de ciências.

I) Construir maquetes, álbuns ou painéis a partir das músicas cantadas.

J) Pintar figuras utilizando: lápis de cor, giz de cera, hidrocor, giz colorido, tinta guache, carvão, tinta feita pelos próprios alunos e professora, utilizando materiais retirados da natureza.

K) Pintar dentro ou fora de limites combinados.

CAPACIDADE 8: UTILIZAR A CONTAGEM ORAL NAS DIVERSAS SITUAÇÕES COTIDIANAS.

A) Ao realizar os diversos agrupamentos fazer com que as crianças comparem os grupos, acrescentem, tirem, igualem... O professor pode criar situações nas quais os alunos façam contagens e comparações de quantidades. Por exemplo: contar as letras dos nomes, contar a quantidade de partes dos nomes, contar a quantidade de alunos presentes na sala de aula e diversos objetos etc.

B) Ordenar grupos de acordo com a quantidade.

C) Utilizando os próprios alunos e objetos diversos, formar grupos maiores ou menores do que o grupo apresentado pelo professor.

D) Solicitar que os alunos representem no papel: a quantidade de janelas que tem na sala de aula, a quantidade de meninas ou de meninos, a quantidade de lápis do “potinho”...

CAPACIDADE 9: IDENTIFICAR O NUMERAL COMO FORMA DE REGISTRO DE QUANTIDADE.

A) Possibilitar aos alunos a vivência de situações em que os números são importantes, como: trabalhar a representação das idades dos alunos.

B) Realizar atividades com o calendário.

C) Realizar jogos (memória, trilha, amarelinha, caracol).

D) Numerar a lista de nomes.

E) Registrar o resultado de jogos ou contagens.

F) Representar com numerais pequenas quantidades.

G) Utilizar encartes de mercado ou de lojas para descobrir os preços dos produtos.

H) Realizar aulas-passeio para que os alunos possam ver a importância dos registros através de numerais. Por exemplo: a numeração das casas etc.

I) Registrar a quantidade de letras de determinado nome ou palavra etc.

J) Brincadeira VIU PEGOU: Preparar caixinhas ou saquinhos com materiais, como: tampinhas, pedaços de papelão, palitos de sorvete, pedrinhas etc. O professor fala um número e o aluno deverá pegar a quantidade de objetos correspondente a ele. O professor deverá criar desafios para os alunos, como por exemplo: vocês colocaram aí 3 tampinhas, façam esse grupo ficar maior (ou menor). Solicitar que os alunos registrem com desenhos algumas dessas situações.

K) Montar junto com os alunos um painel com os números de 1 a 9.

CAPACIDADE 10: RESOLVER SITUAÇÕES-PROBLEMA UTILIZANDO O DESENHO PARA REPRESENTAR SOLUÇÕES.

A) Propor desafios aos alunos, como: “Temos duas meninas de cabelos compridos e quatro meninas de cabelos curtos – os alunos deverão registrar para descobrir a quantidade total de meninas”. Para descobrir o resultado, as crianças utilizarão bolinhas, palitinhos, desenhos etc.

B) Registrar com desenhos a quantidade de meninas e meninos presentes na sala de aula.

C) Registrar com desenhos (bolinhas) a quantidade de letras dos nomes dos alunos etc.

D) Leitura de histórias de literatura infantil (Ex.: Só um minutinho – conto mexicano traduzido por Ana Maria Machado).

CAPACIDADE 11: IDENTIFICAR O CONCEITO DE TEMPO (ANTES/DEPOIS; ONTEM/HOJE; CEDO/TARDE).

A) Realizar atividades utilizando o calendário.

B) “Rodinha de conversas” - Registro de textos coletivos.

C) Registro de aulas-passeio.

D) Organizar figuras de pessoas de acordo com a idade cronológica, (um idoso, um jovem, um adolescente, uma criança, um bebê) ou figuras de animais.

E) Realizar experiências com sementes (germinação).

F) Construir maquetes: mostrar como era a escola e como está agora, como era a praça do bairro e como está agora etc.

G) Construir linha do tempo utilizando fotografias e miniaturas de objetos.

CAPACIDADE 12: ESTABELECER RELAÇÕES ESPACIAIS (dentro/fora; perto/longe...).

A) Realizar brincadeiras utilizando o próprio corpo, como: o mestre mandou todo mundo ficar dentro do círculo, ir dando ordens como: dentro, fora, perto, longe, à esquerda, à direita, em cima, embaixo de alguma coisa.

B) Utilizar objetos do cotidiano escolar para que os alunos sejam desafiados a pensar sobre essas relações etc.

C) Utilizar desenhos ou colagens para representar relações espaciais.

D) Utilizar barbante para delimitar elementos que devem estar dentro ou fora de determinado grupo.

E) Relação de vizinhança: Fazer perguntas que favoreçam a identificação das crianças uma em relação à outra, como por exemplo: Quem está sentado à sua frente? E atrás de você? Você está sentado à frente de quem? Quem está à sua direita? E à sua esquerda?

CAPACIDADE 13: DEMONSTRAR ATITUDES QUE CONTRIBUEM PARA A CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.

A) Planejar situações nas quais as crianças possam vivenciar atos de cuidado com o ambiente. Comece pela sala de aula; observe se as crianças têm atitudes de cuidados com o ambiente, como: ver um papel no chão e apanhar sem que ninguém o solicite, ajudar a organizar os materiais escolares, os brinquedos, os jogos etc.

É IMPORTANTE QUE O PROFESSOR MOSTRE PARA AS CRIANÇAS POR QUE PRECISAMOS DE UM AMBIENTE LIMPO E ORGANIZADO.

CAPACIDADE 14: DEMONSTRAR CONHECER OS USOS SOCIAIS DA ESCRITA.

A) Criar situações na sala de aula em que o registro escrito seja importante, como por exemplo: escrever listas de brinquedos ou brincadeiras, de coisas que gostamos de comer, de objetos que vamos usar na sala hoje, de ingredientes de uma receita, de praias conhecidas, de nomes de mães, de títulos de livros lidos existentes na sala, de músicas conhecidas, de personagens de uma história lida ou contada...

B) Escrever comunicados aos pais, ler comunicados da secretaria da escola encaminhados aos pais, produzir textos coletivos etc (nas situações de escrita o professor será o escriba).

C) Ler para os alunos (diariamente) diferentes tipos de textos (AS ATIVIDADES DE LEITURA DEVEM SER BEM PLANEJADAS).

CAPACIDADE 15: MANUSEAR LIVROS E OUTROS MATERIAIS IMPRESSOS, TENTANDO “LER” OU ADIVINHAR O QUE ESTÁ ESCRITO.

A) Criar situações na sala de aula para que as crianças possam folhear livros, revistas em quadrinhos e outros materiais impressos, como: folders, encartes de lojas ou mercados. Possibilitar que as crianças participem de rodas de leitura para contar sobre as suas leituras.

B) Ensinar às crianças sobre os cuidados com os livros e outros materiais de leitura.

CAPACIDADE 16: DIFERENCIAR LETRAS DE OUTRAS FORMAS GRÁFICAS.

A) Realizar atividades em que as crianças possam diferenciar letras de desenhos, letras de outros símbolos etc. Sugestões:
• Num envelope feito com folhas de revistas, colocar letras, números, figuras etc;
• solicitar que as crianças agrupem esses elementos de acordo com as suas características gráficas;
 • depois essas letras, números e figuras podem ser colados numa folha ou no caderno. É importante que o professor faça as intervenções necessárias. Por exemplo: As letras servem para quê? Para escrever os nossos nomes nós usamos o quê? Onde vemos números escritos? Os números servem para quê?

B) As atividades de escrita coletiva, tendo o professor como escriba, são fundamentais para o desenvolvimento dessa capacidade.

C) Em atividades mimeografadas, pedir que pintem as letras de uma cor e os números de outra – (Cuidado com esse tipo de atividade, ela serve apenas para sistematizar o trabalho!).

D) Esconde-esconde – Esconder pela sala de aula cartões contendo letras, números e outros símbolos. Solicitar aos alunos que procurem os cartões. Ao encontrá-los, eles deverão organizar-se em “rodinha”. A professora pedirá a cada aluno que mostre o seu cartão para os colegas dizendo se contém letras, números ou outro símbolo (identificando-o) e para que serve o mesmo: para escrever, para fazer silêncio, para contar, parar no trânsito, para não fumar...

E) Preparar saquinhos para cada grupo formado com 03 crianças contendo neles cartões com letras, números (preferencialmente estas letras e números devem ser retirados de revistas ou de outros materiais que circulam na sociedade). O professor deverá desafiá-las a fazer agrupamentos dos cartões de acordo com a classificação: letras com letras, números com números e desenhos com desenhos. A seguir, montar junto com os alunos um painel utilizando os cartões agrupados.Cada grupo colará no painel os agrupamentos que foram feitos.

CAPACIDADE 17: REALIZAR LEITURA DO PRÓPRIO NOME E DE ALGUNS COLEGAS.

A) Ditado interativo:
• Entregar aos alunos a lista dos nomes e pedir que façam antecipações a respeito do material escrito. Para isto, a professora deverá ir questionando: O que está escrito? Será que tem o seu nome escrito aí? E o nome dos colegas? Pedir para pintar o seu nome...

• Num “saquinho” colocar os nomes de alguns alunos – mais ou menos uns 5 ou 6 (NÃO COLOCAR TODOS). Ir sorteando os nomes (ao sortear um nome dizer: o nome que eu tirei rima com... ele tem ... letras; ele começa com a letra...etc. Qual é o nome? (o nome vai sendo pintado à medida que for sorteado).

NÃO DEIXAR DE FAZER AS INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS JUNTO AOS ALUNOS QUE APRESENTAREM ALGUMA DIFICULDADE COM A ATIVIDADE.

B) Crachás misturados: Preparar os crachás de todos os alunos, tendo o cuidado para não escrevê-los em papel transparente. Organizar os alunos em roda e explicar a atividade:

• Espalhar os crachás no chão com a escrita para baixo;
• Combinar um sinal com os alunos e ao dar esse sinal, os mesmos deverão pegar um crachá e fazer a leitura para descobrir de quem é. Aproveitar esse momento para fazer as intervenções (chamar atenção para a letra inicial do nome, o tamanho do nome, a quantidade de letras etc.);
• Depois que todos os alunos tiverem um crachá nas mãos, solicitar que façam a leitura dos mesmos em voz alta.

C) Organizar os nomes em ordem alfabética: cada criança deverá colocar o seu nome no lugar certo. Esta atividade deverá ser feita coletivamente. Propor desafios para que os alunos tentem resolvê-los.

D) Ler, cantar e brincar com músicas populares, como: A CANOA VIROU, PERDI MEU ANEL NO MAR... Exemplo:

A CANOA VIROU / VOU DEIXÁ-LA VIRAR / É POR CAUSA DA ......... / QUE NÃO SABE REMAR... (o professor vai mudando os nomes dos alunos enquanto houver interesse das crianças; o mesmo pode ser feito com outras músicas).

E) BRINCADEIRA DE CAÇA AO TESOURO: Esconder na sala de aula alguns nomes dos alunos e, enquanto vão caçando, a professora deverá fazer as intervenções necessárias. À medida que forem achando os nomes, chamar a atenção de todos para que identifiquem o dono desse nome.

F) Jogo de boliche: Utilizar garrafas ou outro material apropriado. A professora poderá montar o jogo com as crianças. Nas garrafas serão colados os nomes das crianças. As garrafas serão dispostas a uma certa distância e as crianças terão que derrubá-las com uma bola. Após derrubar as garrafas, a criança deverá dizer o nome dos colegas que estão escritos ali.

G) Outros jogos: trilha, caça-palavras, forca...

CAPACIDADE 18: RECONHECER AS LETRAS E ESCREVER O PRÓPRIO NOME.

A) A hora da “chamadinha” é um momento privilegiado para o professor trabalhar as letras iniciais dos nomes dos alunos: organizar os nomes de acordo com a quantidade de letras, quantidade de sílabas, ordem alfabética, nomes de meninas ou meninos, letras iniciais iguais etc.

B) Entregar o crachá com o nome faltando a letra inicial: desafiar os alunos a descobrirem o que aconteceu com o nome, fazer a leitura do nome sem a letra inicial e depois com a letra etc.

C) Montar o nome utilizando letras móveis: desafiar os alunos a montar primeiro, sem o apoio do crachá. Depois de montado o nome, o professor deverá fazer as intervenções necessárias junto aos alunos; para conferir, deverá pegar o crachá e comparar com a sua produção fazendo as devidas correções.

D) Jogar bingo, memória, trilha...

Exemplo de um jogo de trilha: Traçar no chão uma trilha com giz e escrever ou colocar letras iniciais dos nomes dos alunos em cada casa. Cada vez que uma criança acertar o dado numa casa, deverá dizer o nome do colega que inicia com aquela letra.

E) Jogo da memória: preparar cartões com fotos dos alunos e outros cartões com os nomes – ressaltar a letra inicial dos nomes (sugestão: organizar as fotos dos alunos numa folha e xerocopiar). Talvez a secretaria da escola possa dar apoio, facilitando o acesso a essas fotos.

F) Identificar as letras iniciais do seu nome nas palavras presentes nos textos apresentados em sala de aula.

G) Agrupar os alunos de acordo com a escrita dos seus nomes (alunos iniciados com letras iguais, com a mesma quantidade de letras, terminados com a mesma letra...) – o professor deve desafiar os alunos a descobrirem os critérios pensados por ele para os agrupamentos.

H) Identificar as letras do nome em diversos materiais escritos.

I) Dinâmica: organizar os alunos em roda e espalhar os crachás no chão, virados para baixo. A um sinal dado pela professora, todos os alunos deverão pegar um crachá. Eles serão desafiados a identificar quem é o “dono” do crachá. A professora deverá aproveitar “os erros” para fazer as intervenções necessárias.

J) Brincadeira TESOURO NA CAIXA: preparar uma caixa com todos os nomes dos alunos; solicitar a um aluno de cada vez para ir até a caixa e pegar o seu nome ou o nome de um colega determinado pelo professor. A ida até a caixa pode ser através de uma brincadeira, como por exemplo: ir pulando num pé só, ir andando na ponta dos pés, ir caminhando sem tirar os pés do chão... (usar a criatividade). Ao final da atividade, organizar esses nomes em ordem alfabética.

K) Jogo com dado: Confeccionar dados e distribuir um para cada grupo formado por 03 crianças. Afixar, em cada face do dado as primeiras letras do nome das crianças do grupo. Antes de realizar esta atividade, o professor deverá expor na “rodinha” todos os nomes das crianças e os dados. O grupo jogará o dado, e conta ponto a criança que tem o nome iniciado com a letra sorteada.

Observação: O dado tem 06 faces. Se o grupo tem três crianças, sobram 03 letras. Quando aparecer a letra que não é inicial do nome de nenhum do grupo, quem jogou paga prenda dizendo um nome de um colega da turma que comece com aquela letra. A professora deverá ter o cuidado de colocar as crianças com letras iniciais iguais em grupos diferentes.

L) Jogo de boliche: Utilizar garrafas ou outro material apropriado. A professora poderá montar o jogo com as crianças. Nas garrafas serão coladas letras do alfabeto (iniciais dos nomes das crianças). As garrafas serão dispostas a uma certa distância e as crianças terão que derrubá-las com uma bola. Após derrubar as garrafas, a criança deverá dizer o nome das letras e dizer se elas fazem parte da escrita do seu nome.


CAPACIDADE 19: RECONHECER AS LETRAS DO ALFABETO RELACIONANDO-AS A SEUS SONS.

A) Construir um alfabeto junto aos alunos. Este alfabeto deverá ter figuras que sejam significativas para o grupo. Depois de pronto, organizar o alfabeto num varal (junto aos alunos).

B) Jogar: Bingo das letras, bingo dos sons, bingo das rimas, corrida das letras (trilha), baralho fonológico, memória (figura / letra inicial), forca, etc.

C) Alfabeto de bolso: Montar um alfabeto de TNT com bolsos (para cada letra, um bolso). As crianças guardarão objetos, figuras ou nomes dos alunos nos bolsos, de acordo com a letra inicial.

D) Realizar atividades com os nomes dos alunos: entregar os crachás faltando a primeira letra e analisar com os alunos o nome sem essa letra; trocar a primeira ou a última letra do nome e ler junto aos alunos. Propor outras atividades que analisem o valor sonoro das letras.

E) Músicas: Aproveitar as músicas cantadas na sala de aula para trabalhar as rimas.

F) Trilha de figuras: Traçar uma trilha no chão ou em outro material, distribuindo em cada casa figuras que tenham significado para os alunos. Espalhar fora da trilha as letras iniciais dos nomes das figuras. A criança jogará o dado e, conforme a casa sorteada, deverá dizer o nome da figura. Em seguida, pegará a letra inicial correspondente ao nome da figura sorteada e mostrará aos colegas.

G) Pescaria – Preparar uma caixa de areia e distribuir nela peixinhos com as letras do alfabeto. Formar grupos de 03 crianças. A professora diz uma palavra e cada grupo pescará a letra inicial correspondente a ela.

Observação: Durante estas atividades é fundamental que o professor discrimine bem os sons das letras. Exemplo: letra s = ssssssssssapo (SAPO)

H) Caixa tátil – Preparar uma caixa e colocar dentro dela letras com diversas texturas (a caixa deverá ter uma abertura que permita passar a mão da criança). A criança deverá colocar a mão dentro da caixa, pegar uma letra, perceber sua forma e dizer qual é. Em seguida mostrará a letra para a turma que deverá dizer uma palavra que inicie com ela.

CAPACIDADE 20: RECONHECER PALAVRAS A PARTIR DE SUAS VIVÊNCIAS, FATOS, MÚSICAS, HISTÓRIAS CONTADAS PELA PROFESSORA.

A) Nas músicas escritas em cartazes, fazer as antecipações junto aos alunos. Por exemplo: Tem alguma coisa que vocês conseguem ler? Que música é esta? Onde começa e onde termina?

B) Numa lista de títulos de histórias, tentar identificar o nome de uma determinada história etc.

C) Realizar atividades diversas com rótulos: quebra-cabeça, bingo, jogo da memória...



Atenção:

          Esta apostila foi elaborada no ano de 2009, pela Professora Maria de Fátima Silva, a partir das capacidades elencadas pela Coordenação de Educação Infantil / SEME / DETEP para os alunos concluintes do Pré II.
         A apostila foi apresentada e discutida em reunião com os Supervisores Escolares (Serviço de Educação Infantil /DETEP) para que os mesmos trabalhassem junto aos docentes nas escolas onde atuam.
         Em 2011 a apostila foi revisada e atualizada pela Coordenação de Alfabetização.


Coordenação de Alfabetização
Departamento Técnico Pedagógico / Divisão de Supervisão Escolar









2 comentários:

Flor de Lis disse...

Todas as atividades são ótimas e certamente contribuirão no aprendizado das crianças. Acredito que ensinar brincando é o dever de todo educador e devemos também reafirmar nas crianças cantigas e brincadeiras populares. Bom trabalho a todos os educadores.

Regina Coeli disse...

Olá!!!
Esta apostila é tudo de bom!!!!
Este ano estou trabalhando com o segundo ano de escolaridade. No início do ano fiz um diagnóstico com minha turma baseada no curso do GEEMPA que fiz no ano passado. e que trabalhei em minha escola.
O curso é bom, mas não tive os ditos no mínimo de cinco meses, por conta dos feriados, dias festivos na U.E. Mas, consegui alfabetizar mais da metade de duas turmas que estavam no mínimo três anos na escola e não conseguiam ler e escrever.
Não fiquei satisfeita, pois queria alfabetizar 100%. Em compensação, vc receber um cartão de Natal, feito em sala de aula por um aluno de 15 anos, que estava no 4º ano e que não conseguia escrever e que só se lia poucas letras em sua escrita, foi no mínimo, gratificante. Pena que o Programa, este ano não emplacou!!!
Então quero fazer o máximo em minha turminha, que já está quase toda alfabetizada, e que no final do ano, vão passar para o terceiro ano com louvor.Amém!!!!
E este seu trabalho é muito importante, pois me esclarece e me ajuda muito.
Estava muito tempo fora das salas, pois trabalhava na secretaria desde 2004. Cheguei crua, desatualizada e com muito medo, pelo desafio de alfabetizar, primeiro crianças com mais de 9 anos e fora do fluxo escolar, e hoje, minha turminha de segundo ano.
Obrigada e Parabéns!!!